Os millennials, também conhecidos como a Geração Z, já dominam o mercado e estão ocupando a maior parte das vagas de liderança. E para lidar com esses profissionais que apresentam características marcantes, as empresas estão apostando no e-leadership.

Trata-se de um modelo de liderança que busca entender melhor o perfil dessa geração, que busca menos hierarquia e mais flexibilidade, para propor um ambiente atrativo e que permite o equilíbrio entre o trabalho e vida pessoal.

Para entender mais sobre esse conceito, que ainda é novo para muitas empresas, o Tangerino - solução completa para gestão da jornada de trabalho traz todo o contexto sobre o e-leadership, incluindo dicas para colocá-lo em prática nas organizações. Confira!

 

O que é e-leadership?

O e-leadership é um novo modelo de liderança em que a gestão se preocupa em auxiliar a geração millennial, que compreende os nascidos nos anos 1980 a 2000, a potencializar suas competências dentro das empresas.

Esse modelo surgiu principalmente considerando que a também chamada de Geração Y já ocupa a maior parte dos cargos dentro das empresas.

Para isso, as organizações têm buscado compreender as principais características, sonhos, aspirações, valores e desejos que movem essas pessoas, que são o futuro da liderança nas empresas.

Assim, considerando que os millennials já nasceram e cresceram em um contexto de tecnologia, sua presença dentro das empresas é indispensável para conseguir atrair e reter esses talentos que são exigentes e querem autonomia e flexibilidade no trabalho.

São também características do e-leadership a busca pela redução da hierarquia, mais colaboração e participação, além de espaço para que a inovação aconteça.

 

Qual é o objetivo do e-Leadership?

O objetivo central do e-leadership é permitir que as relações dentro das empresas se tornem mais leves, menos hierarquizadas e que a comunicação seja mais humana e transparente. 

E é justamente por meio do uso da tecnologia que as empresas têm buscado produzir mudanças de atitudes, sentimentos, pensamentos, comportamentos e desempenho para que esses colaboradores alcancem os objetivos que almejam.

Isso porque, ao identificarem as principais características dos millennials, as organizações começaram a perceber que algo muito buscado por profissionais dessa geração é o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, com valorização da saúde mental.

E dados mostram essa importância, como pesquisa feita pela CNBC, que apontou que cerca de 40% da geração Z e 24% dos millennials gostariam de deixar seus trabalhos dentro de dois anos, sendo que um terço deles o faria sem ter outro emprego em vista.

Os principais motivos apontados pelo levantamento foram o salário e, depois, a sensação de que o local de trabalho é prejudicial à saúde mental.

Com isso, a proposta do e-leadership é identificar mecanismos e estratégias que possibilitem que esses profissionais se encontrem dentro das empresas e escolham ficar para crescerem junto ao negócio.

 

Quais são as características do e-leadership?

Já foram mencionadas algumas das principais características do modelo e-leadership, considerando o que os millennials buscam para suas vidas pessoais e profissionais. Veja abaixo mais detalhes sobre esse contexto:

 

Redução da hierarquia

O que funcionava muito bem para a geração passada, para os millennials não funciona assim. Como o propósito do e-leadership é justamente tornar as relações e os processos mais leves, a presença de um chefe centralizador é visto como algo negativo.

Não significa que não haverá regras e que todos poderão fazer o que bem entenderem. A proposta de reduzir a hierarquia é fazer com que as pessoas possam colaborar mais, tenham mais liberdade para produzir seu trabalho e para contribuir uns com os outros.

A figura centralizadora de uma pessoa que está acima de tudo e todos reduz o pique dessa geração e até mesmo pode afetar a criatividade e o engajamento para o trabalho. Eles querem se sentir parte do processo e que têm importância para o negócio.

 

Aumento da autonomia

A ideia de dar autonomia aos colaboradores é mostrar que a empresa confia em sua capacidade e no seu profissionalismo, permitindo que os funcionários tenham liberdade para propor ideias e projetos, resolver problemas e ajudar a empresa a crescer.

Além disso, a tendência é de que as pessoas executem melhor suas tarefas e ajam de maneira mais independente quando sentem que possuem autonomia no trabalho.

Ao invés de aguardarem ordens ou direcionamentos, que muitas vezes podem atrasar o processo, eles sabem que podem agir e encontrar soluções, o que é positivo para o próprio funcionário e para a empresa. 

 

Facilidade com tecnologias

Já deu para perceber que a tecnologia pode ser considerada a principal responsável pela existência do e-leadership. Ela potencializa a chegada de soluções e inovação, junto ao trabalho de um profissional competente.

É também por meio da tecnologia que o trabalho remoto acontece e que as pessoas têm condições de ter acesso a conhecimentos, cursos e treinamentos que podem transformar suas vidas e a da empresa, mesmo sem sair de casa.

Assim, o fato dos millennials terem facilidade e proximidade com a tecnologia torna o seu trabalho mais leve, flexível e com mais resultados, objetivos do e-leadership.

 

Capacidade e vontade de inovar

A inquietude, curiosidade e vontade de fazer diferente são características dos millennials, o que torna a inovação algo comum nesses profissionais. 

E para possibilitar que a inovação esteja realmente presente dentro das empresas, as lideranças exercem um papel fundamental de dar espaço para que ela se manifeste e também acreditando na implementação das ideias e projetos que são apresentados.

A junção entre a capacidade de fazer diferente à vontade de permitir que o novo aconteça são elementos cruciais para que a inovação apareça dentro das empresas.

 

Colaboração e participação

Colaborar, participar, contribuir e executar trabalho em equipe são características fortes do e-leadership. Afinal, sem esses aspectos é praticamente impossível colocá-lo em prática.

E as empresas são as grandes responsáveis por incentivarem e possibilitarem esse engajamento, oferecendo confiança e espaço para que os profissionais realmente contribuam no processo.

Afinal, profissionais engajados e que se reconhecem como parte da empresa, como peças chaves de um todo, dificilmente pedem desligamento, fato que contribui positivamente para redução da taxa de turnover

 

Quais as vantagens de utilizar o e-leadership?

Já foi possível perceber diversos benefícios trazidos pelo e-leadership e como eles realmente podem afetar o dia a dia das empresas e trazer bons resultados.

O modelo também afeta positivamente a vida de profissionais da Geração Y, que buscam uma empresa onde podem crescer, mas que também se preocupa com o bem-estar das pessoas e não apenas com números e resultados, embora eles sejam fundamentais.

Abaixo, veja outras vantagens que podem ser observadas por empresas que decidem colocar em prática o e-leadership:

 

Aumenta a atração e retenção de talentos

Para as empresas é sem dúvidas um desafio atrair e reter bons talentos no mercado, que está cada vez mais competitivo.

Especialmente com o aumento das demissões voluntárias por parte dos funcionários, as empresas precisam planejar e implementar estratégias que façam com que os olhos do profissional “brilhem”, de modo que eles permaneçam naquele cargo.

Com o e-leadership, um modelo inovador de liderança dentro das empresas, aumentam-se as chances de encontrar bons profissionais que de fato queiram abraçar o projeto e fazer a diferença.

 

Fortalece a cultura organizacional

Uma empresa que investe no e-leadership busca construir uma cultura de flexibilidade, que permite a seus funcionários equilibrar vida pessoal e profissional em um ambiente de competitividade saudável e busca contínua por crescimento.

São essas características modernas que permitirão que a empresa fortaleça a sua cultura e se saia na frente de seus concorrentes no mercado.

 

Afeta diretamente a melhoria do atendimento ao cliente

Não há dúvidas de que lideranças e colaboradores engajados e que veem propósito em seu trabalho realizarão excelentes atendimentos, focados na solução e na experiência do seu cliente.

Mais do que cumprir suas obrigações dentro do horário de trabalho, o funcionário tende a valorizar de fato a sua função, entendendo como contribui para melhoria da qualidade de vida das pessoas, independentemente do ramo em que atua.

Esse é um aspecto que fortalece, também, o destaque da empresa perante seus concorrentes.

 

Favorece o clima organizacional

O clima organizacional entrega muito sobre a cultura de uma empresa e sobre como seus funcionários a enxergam no dia a dia.

Com o e-leadership, especialmente se tratando dos millennials, um clima de colaboração, flexibilidade e responsabilidade é fundamental para a empresa.

São aspectos que realmente tornam o trabalho mais leve e com mais propósito para as pessoas.

 

Incentiva a busca constante por aprendizado

Empresas que valorizam seus funcionários e reforçam isso constantemente são as mesmas que investem em cursos, treinamentos e estratégias de reciclagem.

Com isso, elas reforçam o quanto estão focadas em preparar seus colaboradores e como desejam que eles cresçam junto com a empresa, aspectos que fazem parte do modelo e-leadership.

 

Como implementar o e-leadership na empresa?

Inicie ou dê andamento na revolução digital

Não há dúvidas de que a tecnologia é o ponto de partida para a existência do e-leadership. Inclusive, será por meio dela que os demais processos serão possíveis dentro desse modelo.

Uma revolução digital não significa apenas fortalecer o uso de ferramentas, mas também incentivar que as pessoas trabalhem no contexto dessas ferramentas, facilitando processos e encurtando fluxos para ganhar agilidade e ter bons resultados.

A tecnologia dentro das empresas deve ter o objetivo de reduzir ao máximo o foco e o gasto de tempo com trabalhos operacionais, deixando para os funcionários o foco nas estratégias e na busca pela inovação.

Além disso, também não há dúvidas de que, especialmente quando se fala em gerir profissionais tão exigentes, são as tecnologias que vão impactar a gestão de pessoas, fazendo com que o RH seja fundamental durante esse processo.

 

Fortaleça a comunicação interna

Comunicação interna no contexto do e-leadership deve buscar a transparência e o diálogo com os funcionários, evitando ruídos e insegurança, especialmente em um processo de implementação de algo novo.

Para isso, a empresa deve fortalecer os canais de comunicação oficiais e contar com as lideranças para disseminar o recado que precisa ser dado para alcançar entendimento e engajamento dos colaboradores.

Feedbacks, direcionamentos e alinhamento de expectativas de ambas as partes, empresa e empregado, são essenciais.

 

Treine os líderes para o uso da tecnologia

Novamente, a tecnologia aparece como foco. E com a participação completa das lideranças atuais ou futuros líderes, a implementação do e-leadership torna-se ainda mais possível nas empresas.

Afinal, são eles as pontes entre as equipes. Por isso, precisam entender de tecnologia, conceitualmente falando e também na prática, no dia a dia, com a utilização de softwares, sistemas e ferramentas.

Dessa forma, além de contar com a tecnologia em si, é preciso que a empresa possua capital humano capaz de utilizá-la de maneira estratégica.

 

Coloque em prática a flexibilidade nos setores e processos

Os millennials possuem características que pedem flexibilidade no dia a dia de suas vidas. E no trabalho isso precisa estar presente. Nesse contexto, flexibilidade também é sinônimo de liberdade em vários aspectos.

Alguns exemplos são flexibilidade para o horário de trabalho e para atuar remotamente, flexibilidade para negociar prazos e entregas, além da flexibilidade na hierarquização, que deve deixar de ser vertical para se tornar mais horizontal.

São aspectos que, reconhecidamente, aumentam a produtividade, o engajamento e a entrega de resultados, além, é claro, de permitir que o e-leadership seja colocado em prática.

 

Quais os desafios de implementar o e-leadership?

Mesmo com todas as vantagens e benefícios de se implementar o e-leadership dentro das empresas, não há dúvidas de que ele traz grandes desafios para as organizações.

E o principal deles diz respeito à tarefa de se encontrar estratégias que consigam fazer com que colaboradores diversos se engajem na proposta da empresa.

Os millennials, apesar de possuírem características muito similares, possuem suas particularidades. Por serem exigentes e entenderem que o mercado é competitivo e oferece várias oportunidades, eles não são facilmente levados. 

Precisam acreditar na proposta e enxergarem que aquele cargo e aquela organização faz sentido para eles.

Por isso, as empresas devem investir no conhecimento do seu público interno, a fim de entender como melhor alcançá-lo.

Durante esse artigo, você ficou por dentro do conceito de e-leadership e como ele pode auxiliar as empresas a adaptarem seus formatos e sua atuação para contarem com excelentes profissionais que já estão dominando o mercado: os millennials.

Para isso, é preciso clareza sobre o que a empresa busca e também sobre o que esses colaboradores esperam. Assim, será possível encontrar as melhores estratégias que trarão benefícios para ambas as partes!