Cultura ágil: o que é e quais são seus benefícios para gestão de empresas
Com a transformação digital impactando o mercado, as empresas passam por mudanças cada vez mais rápidas, principalmente no que diz respeito a maneira como desenvolvem seus processos. Esse cenário exige um nível maior de competitividade, entregas mais dinâmicas e com maior qualidade. Nesse sentido, surge a cultura ágil, uma proposta de mudança comportamental e de processos organizacionais.
Basicamente, a implementação dessa cultura utiliza equipes versáteis e que saibam colaborar entre si de maneira autônoma e agir rapidamente diante de qualquer demanda ou desafio. Dessa forma, é possível se adaptar às transformações do mercado de forma produtiva.
Puxada pelas startups e fintechs, a cultura ágil se caracterizou como uma tendência responsável por otimizar todos os setores de uma empresa, potencializando equipes e entregando resultados mais ágeis, assertivos e dinâmicos.
Isso impactou, por exemplo, a criação de produtos como softwares e soluções digitais, que agora podem contar com equipes de desenvolvimento capazes de responder com eficiência e rapidez às mudanças e demandas.
O fato é que a cultura ágil, se implementada da forma correta, pode ser uma excelente oportunidade para sua empresa continuar se desenvolvendo mesmo com as constantes mudanças do mercado.
Continue a leitura para saber como a cultura ágil funciona na prática:
O que é cultura ágil?
Indo direto ao ponto, a cultura ágil é um conjunto de princípios, normas e metodologias que possui o objetivo de se moldar ao atual ambiente de negócios. A princípio, a tendência altera a forma como gerenciamos e investimos tempo e recursos em processos, projetos, serviços e produtos.
Seu conceito e estratégias se adequam a todo e qualquer tipo de negócio, seja em uma clínica odontológica especializada em implante dentário ou em um e-commerce de tshirts.
Na prática, é orientada por ciclos interativos, que geram adaptabilidade e flexibilidade por meio de times multidisciplinares, com maior autonomia e mais capacidade para se auto-gerenciar.
O propósito inicial da cultura ágil é ajudar as empresas a lidarem com consumidores exigentes e com serviços mais complexos. Com isso, esse conjunto de metodologias permite acelerar os processos sem perder qualidade e segurança. Em outras palavras, possibilita que qualquer produto desenvolvido ou serviço seja adaptado com maior rapidez e eficiência às necessidades dos clientes e do mercado em geral.
Principais metodologias ágeis
Alguns dos principais métodos ágeis são:
Scrum
Se você já aprendeu algo sobre gestão de projetos, provavelmente já ouviu este nome. O Scrum é uma das metodologias mais conhecidas. Ele se baseia na organização do time a partir da divisão de um projeto em etapas ou ciclos chamados sprints. Cada um possui uma forma e um planejamento específico de execução. No fim do ciclo, é preciso avaliar o que foi feito para enfim avançar.
Lean
Muito aplicado em startups, o Lean é um modelo enxuto, com foco na redução de custos no desenvolvimento de um projeto. A ideia central aqui é usar apenas o essencial, otimizar tarefas, minimizar gastos e partir diretamente para as ações que trarão resultados. Esta metodologia também permite que os colaboradores trabalhem de maneira colaborativa.
Smart
Já o Smart é um método que qualifica objetos e metas dentro de um projeto, garantindo que cada tarefa esteja alinhada a um propósito claro e objetivo. Para que você entenda melhor, Smart é a sigla que representa:
Specific (Específico);
Measurable (Mensurável);
Attainable (Atingível);
Relevant (Relevante);
Time-Related (temporário).
Esta estratégia pode ser implementada para alcançar qualquer tipo de objetivo, meta, seja a curto, médio ou longo prazo. Serve para qualquer setor do mercado.
Kanban
O Kanban é o utensílio mais usado em gestão de projetos ágeis com conceitos originados em sistemas puxados. É uma ferramenta que funciona como um sinalizador que autoriza e dá instruções para produção. Basicamente, divide projetos e os classifica em diferentes status:
Tarefas a fazer: o que ainda precisa ser executado;
Fazendo: tudo que está em andamento;
Feito: atividades que já foram concluídas.
É também uma forma de visualizar o desenvolvimento do projeto, identificando possíveis atrasos e dando agilidade ao que precisa.
Desenvolvimento ágil: criando softwares de maneira colaborativa
O desenvolvimento ágil é uma abordagem colaborativa, em que softwares podem ser desenvolvidos através de equipes multidisciplinares com autonomia e expertise na execução das tarefas.
Aqui, não podemos cometer o erro de limitar o desenvolvimento ágil de tecnologias como apenas um conjunto de métodos da cultura ágil. Esta tendência é antes de tudo uma mentalidade voltada para resultados. A proposta é potencializar a criatividade, a inovação e, principalmente, a flexibilidade. Dessa forma, o desenvolvedor, designer, ou qualquer outra pessoa da equipe terá mais espaço para colocar suas experiências em benefício do projeto.
Podemos citar alguns benefícios da cultura ágil para TI, como:
Maior cooperação entre os times;
Controle mais preciso sobre custos e prazos;
Alinhamento mais próximo com os clientes;
Redução de erros;
Maior flexibilidade para alterações;
Maior velocidade de resposta às mudanças; entre outros.
Fábrica de softwares
Empresas especialistas no desenvolvimento de softwares sob demanda, por exemplo, utilizam a cultura ágil para criar soluções que possam ser moldadas de acordo com as necessidades impostas pelo mercado. Afinal, para que os produtos tenham a maior qualidade possível e responda com eficiência às solicitações do cliente, trabalhar com agilidade é mais do que importante.
Uma tendência que vem se tornando a solução ideal para esse desenvolvimento ágil são as fábricas de softwares. São verdadeiros parceiros tecnológicos que utilizam uma abordagem colaborativa e multidisciplinar para gerar entregas rápidas e satisfatórias. Contar com esse tipo de apoio significa se beneficiar com a expertise de esquadrões que já utilizam os melhores recursos da cultura ágil para construir uma solução eficaz.
Conclusão
Enfim, como podemos perceber, a cultura ágil não se resume a um conjunto de normas técnicas. Vai muito além de apenas seguir passos. É preciso implementar uma cultura colaborativa, autônoma e ágil para extrair dos colaboradores o máximo de suas capacitações técnicas e experiências individuais.
A verdade é que existem muitas empresas, dos mais diferentes setores, que iniciaram a transformação digital de seus negócios e necessitam agilizar seus processos para conseguirem se adaptar ao novo cenário.
Ou seja, em qualquer nível de produção, seja qual for o setor, não parece mais viável gastar horas com burocracias, desenvolvimentos pouco flexíveis ou modelos duramente engessados. E para isso, a cultura ágil tem solução.